segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Se chove lá fora, se o vento sopra sem sentido, só posso sentir um frio me tomar, sentimento de um vazio me faz arrepiar, e se eu sair correndo, e me molhar, e se eu me deixar guiar sem medo, mesmo que eu entenda que seja perigoso, que enfrentar as forças da natureza seja um absurdo, que seja tolice qualquer loucura. E depois que eu estiver lá, de baixo da chuva quero girar e girar sem parar, sem me preocupar aonde vou estar quando tudo acabar, quero pisar nas poças de água sem medo de me sujar, se eu cair posso nem sentir, se eu gritar não tenho a pretensão de que alguém possa escutar, posso notar, que eu esteja ali, tenho vontade de ir aos céus e voltar, de tocar as nuvens, de sentir a louca adrenalina, de estar em lugares diferentes, de se entregar ao desconhecido, de estar em perfeita sincronia.
Mas ainda posso sentir a água bater sobre meu rosto, sentir o cheiro de terra molhada, a brisa suave, agora de alma lava, pura. E me permitir essa sensação, me acalma, me torna mais forte caso eu queira fraquejar, caso eu pense em nunca tentar.
E se eu puder farei sempre, cometerei muitas loucuras, sem medo de ser feliz, de despertar aquilo que está dentro de mim, deixar transparente toda e qualquer forma de se viver.


E se sentir vontade de fazer algo, não pense, apenas faça, sem se importar com o que vão pensar e falar, você não depende de ninguém pra ser feliz, pois quem te ama saberá que você escolheu fazer isso sem precisar explicar, ou buscar algum sentido por aquilo que optamos fazer.

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